Livro: Wicca a Religião da Deusa
Autor - Fonte: Não Informado
...O que é Wicca?
Para entendermos o que é Wicca, é necessário falarmos um pouco da Deusa, e de
suas várias faces. Nessa página, você encontrará uma breve história dela,
alguns fundamentos e feitiços da Wicca. Divirta-se!
A DEUSA
O período neolítico não conhecia deuses - vigorava o matriarcado, com a Deusa-
Mãe. O conceito de paterno inexistia e a moral, a ciência e a religião
ocupavam a mesma esfera. Com a instituição do patriarcado, o cálice foi
derramado através da espada, relegando o elemento feminino. Com o fim da era
de Peixes, tipicamente masculina, o reinado feminino retorna em Aquário para
resgatar Sofia, o arquétipo da Sabedoria. Assim como o Taoísmo primitivo,
todas as religiões ancestrais visualizavam o Universo como uma generosa Mãe.
Nada mais natural: não é do ventre delas que saímos? De acordo com o mito
universal da Criação, tudo teria saído dela. Entre os egípcios, era chamada de
WICCA A RELIGIÃO DA DEUSA
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Nuit, a Noite. "Eu sou o que é, o que será e o que foi." Para os gregos era
Gaia - Mãe de tudo, inclusive de Urano, o Céu. Entretanto, ela não era apenas
fonte de vida, como também senhora da morte. O culto a Grande- Mãe era a
religião mais difundida nas sociedades primitivas. Descobertas arqueológicas
realizadas em sítios neolíticos testificam a existência de uma sociedade
agrícola pré-histórica bastante avançada, na região da Europa e Oriente Médio,
onde homens e mulheres viviam em har...
onia e o culto à Deusa era a religião.
Não há evidências de armas ou estruturas defensivas, onde se conclui que esta
era uma sociedade pacífica. Também não há representações, em sua arte, de
guerreiros matando-se uns aos outros, mas pinturas representando a natureza e
uma grande quantidade de esculturas representando o corpo feminino. Essas
esculturas também foram encontradas em Creta, datadas de 2.000 a.C. Na
sociedade cretense as mulheres exerciam as mais diversas profissões, sendo
desde sacerdotisas até chefes de navio. Platão conta que nesta sociedade, a
última matrifocal de que se tem notícia, toda a vida era permeada por uma
ardente fé na natureza, fonte de toda a criação e harmonia. Segundo
historiadores, a passagem para o patriarcado deu-se em várias esferas. Na
velha Europa, a sociedade que cultuava a Deusa foi vítima do ataque de
poderosos guerreiros orientais - os kurgans. O Cálice foi derrubado pelo poder
da Espada. Outro fator decisivo para tal transformação foi o crescimento da
população, que levou as sociedades arcaicas à "domesticação da terra". Os
homens tinham que dominar a natureza, para obrigá-la a produzir o que queriam.
Com a descoberta de que o sêmen do homem é que fecunda a mulher (acreditava-se
que esta gerasse filhos sozinha), estabeleceu-se o culto ao falo, sendo este
difundido pela Europa, Egito, Grécia e Ásia, atingindo o seu ápice na Índia.
Com o advento do monoteísmo, e patriarcado - e a conseqüente dominação da
mulher -o culto ao falo estabeleceu-se em definitivo. "O monoteísmo não é
apenas uma religião, é uma relação de poder. A crença numa única divindade
cria uma hierarquia - de um Deus acima dos outros, do mais forte sobre o mais
fraco, do crente sobre o não-crente."
Jeová, Deus dos Hebreus, em cujos mandamentos assentam-se as raízes da nossa
civilização judaico-cristã - é o melhor exemplo do Deus patriarcal. Ele é um
Deus patriarcal. Ele é um Deus guerreiro, que esmaga os inimigos do seu povo
eleito com toda a sua força poderosa, esperando em troca fidelidade e
obediência aos seus mandamentos. Ele trabalha com o medo. O mito de Lilith
mostra bem essa passagem do matriarcado para o patriarcado. Recusando-se a
submeter-se à Adão, tentava igualdade com ele. "Por que devo deitar-me sob
ti?" -ela questiona, e é punida por Jeová, que envia um anjo para expulsá-la
do Paraíso. Blasfemando e criando asas, numa demonstração de liberdade, Lilith
abandona o Paraíso e voa para o Mar Vermelho, onde dá início a uma dinastia de
demônios. Mas Adão fica, e sente-se só. Jeová então cria Eva, a mulher,
condenada eternamente à inferioridade. Como enunciava Santo Agostinho, a
mulher não era a imagem de Deus - apenas o homem era. Ela era, no máximo, a
imagem de uma costela. Embora a personagem do Deus cristão seja bem mais suave
do que seu antecessor - o Deus de Jesus é piedoso e compreensivo, enquanto
Jeová dist...
onseqüente dominação da
mulher -o culto ao falo estabeleceu-se em definitivo. "O monoteísmo não é
apenas uma religião, é uma relação de poder. A crença numa única divindade
cria uma hierarquia - de um Deus acima dos outros, do mais forte sobre o mais
fraco, do crente sobre o não-crente."
Jeová, Deus dos Hebreus, em cujos mandamentos assentam-se as raízes da nossa
civilização judaico-cristã - é o melhor exemplo do Deus patriarcal. Ele é um
Deus patriarcal. Ele é um Deus guerreiro, que esmaga os inimigos do seu povo
eleito com toda a sua força poderosa, esperando em troca fidelidade e
obediência aos seus mandamentos. Ele trabalha com o medo. O mito de Lilith
mostra bem essa passagem do matriarcado para o patriarcado. Recusando-se a
submeter-se à Adão, tentava igualdade com ele. "Por que devo deitar-me sob
ti?" -ela questiona, e é punida por Jeová, que envia um anjo para expulsá-la
do Paraíso. Blasfemando e criando asas, numa demonstração de liberdade, Lilith
abandona o Paraíso e voa para o Mar Vermelho, onde dá início a uma dinastia de
demônios. Mas Adão fica, e sente-se só. Jeová então cria Eva, a mulher,
condenada eternamente à inferioridade. Como enunciava Santo Agostinho, a
mulher não era a imagem de Deus - apenas o homem era. Ela era, no máximo, a
imagem de uma costela. Embora a personagem do Deus cristão seja bem mais suave
do que seu antecessor - o Deus de Jesus é piedoso e compreensivo, enquanto
Jeová distribui medo e castigos, na opinião de muitos a totalidade feminina
encontra-se cindida na mitologia cristã: maternidade e sexualidade. A Virgem e
Maria Madalena. Nos Evangelhos Apócrifos, Madalena é tida como líder ativa no
discipulado de Cristo. O Evangelho de Felipe realça a união do homem e da
mulher como símbolo de cura e paz, e estende-se ao relacionamento de Cristo e
WICCA A RELIGIÃO DA DEUSA
4
Madalena, a companheira do Salvador. Contrapondo-se à figura de Madalena, a
Virgem está associada apenas ao lado maternal do feminino, estático e
protetor.
Sempre retratada através da Virgem, de Madalena, Hera, Ísis, Deméter, Atena,
Diana, a Lua,a Natureza, Hécate, Afrodite, Lilith e tantas outras, a figura da
Deusa vem ressurgindo, cada vez mais e com mais força. Falemos sobre Wicca.
O MITO DA CRIAÇÃO
by Starhawk
Solitária, majestosa, plena em si mesma, a Deusa, Ela, cujo nome sagrado, não
pode ser jamais dito, flutuava no abismo da escuridão, antes do início de
todas as coisas. E quando Ela mirou o espelho curvo do espaço negro, Ela viu
com a sua luz o seu reflexo radiante e apaixonou-se por ele. Ela induziu-o a
se expandir devido ao seu poder e fez amor consigo mesma e chamou Ela de
"Miria, a Magnífica".
O seu êxtase irrompeu na única canção de tudo que é, foi ou será, e com a
canção surgiu o movimento, ondas que jorravam para fora e se transformaram em
todas as esferas e círculos dos mundos. A Deusa encheu-se de amor, q...
ribui medo e castigos, na opinião de muitos a totalidade feminina
encontra-se cindida na mitologia cristã: maternidade e sexualidade. A Virgem e
Maria Madalena. Nos Evangelhos Apócrifos, Madalena é tida como líder ativa no
discipulado de Cristo. O Evangelho de Felipe realça a união do homem e da
mulher como símbolo de cura e paz, e estende-se ao relacionamento de Cristo e
WICCA A RELIGIÃO DA DEUSA
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Madalena, a companheira do Salvador. Contrapondo-se à figura de Madalena, a
Virgem está associada apenas ao lado maternal do feminino, estático e
protetor.
Sempre retratada através da Virgem, de Madalena, Hera, Ísis, Deméter, Atena,
Diana, a Lua,a Natureza, Hécate, Afrodite, Lilith e tantas outras, a figura da
Deusa vem ressurgindo, cada vez mais e com mais força. Falemos sobre Wicca.
O MITO DA CRIAÇÃO
by Starhawk
Solitária, majestosa, plena em si mesma, a Deusa, Ela, cujo nome sagrado, não
pode ser jamais dito, flutuava no abismo da escuridão, antes do início de
todas as coisas. E quando Ela mirou o espelho curvo do espaço negro, Ela viu
com a sua luz o seu reflexo radiante e apaixonou-se por ele. Ela induziu-o a
se expandir devido ao seu poder e fez amor consigo mesma e chamou Ela de
"Miria, a Magnífica".
O seu êxtase irrompeu na única canção de tudo que é, foi ou será, e com a
canção surgiu o movimento, ondas que jorravam para fora e se transformaram em
todas as esferas e círculos dos mundos. A Deusa encheu-se de amor, q...