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Psicologia e Religião

Livro: Psicologia e Religião

Autor - Fonte: Carl Gustav Jung

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...Prefácio da edição alemã A problemática religiosa ocupa um lugar central na obra de C. G. Jung. Quase todos os seus escritos, especialmente os dos últimos anos, tratam do fenômeno religioso. O que Jung entende por religião não se vincula a determinadas confissões. Trata-se, como ele próprio diz, de "uma observação acurada e conscienciosa daquilo que Rudolf Otto chamou de numinosum. Esta definição vale para todas as formas de religião, inclusive para as primitivas, e corresponde à atitude respeitosa e tole¬rante de Jung em relação às religiões não-cristãs. O maior mérito de Jung é o de haver reconhecido, como conteúdos arquétipos da alma humana, as representações pri¬mordiais coletivas que estão na base das diversas formas de religião. O homem moderno sente, cada vez mais, falta de apoio nas confissões religiosas tradicionais. Reina atualmente uma grande incerteza no tocante a assuntos religiosos. A nova pers¬pectiva desenvolvida por Jung permite-nos uma compreensão mais profunda dos valores tradicionais e confere um novo sen¬tido às formas cristalizadas e esclerosadas. Abril de 1963. Sumário Parte I Religião ocidental PSICOLOGIA E RELIGIÃO 1. A autonomia do inconsciente, 7 2. Dogma e símbolos naturais, 39 3. História e psicologia de um símbolo natural, 69 BIBLIOGRAFIA, 113 Prefácio da edição alemã A problemática religiosa ocupa um lugar central na obra de C. G. Jung. Quase todos os seus escritos, esp...
cialmente os dos últimos anos, tratam do fenômeno religioso. O que Jung entende por religião não se vincula a determinadas confissões. Trata-se, como ele próprio diz, de "uma observação acurada e conscienciosa daquilo que Rudolf Otto chamou de numinosum. Esta definição vale para todas as formas de religião, inclusive para as primitivas, e corresponde à atitude respeitosa e tolerante de Jung em relação às religiões não-cristãs. O maior mérito de Jung é o de haver reconhecido, como conteúdos arquétipos da alma humana, as representações pri¬mordiais coletivas que estão na base das diversas formas de religião. O homem moderno sente, cada vez mais, falta de apoio nas confissões religiosas tradicionais. Reina atualmente uma grande incerteza no tocante a assuntos religiosos. A nova pers¬pectiva desenvolvida por Jung permite-nos uma compreensão mais profunda dos valores tradicionais e confere um novo sen¬tido às formas cristalizadas e esclerosadas. Em "Psicologia e Religião" Jung se utiliza de uma série de sonhos de um homem moderno, para revelar-nos a função exercida pela psique inconsciente, e que lembra a alquimia. No trabalho sobre o "dogma da Trindade", mostra-nos determina¬das semelhanças da teologia regia do Egito, assim como das representações babilônicas e gregas, com o cristianismo, e no estudo sobre o ordinário da missa usa ritos astecas e textos dos alquimistas como termos de comparação. Na "Resposta a Job" se ocupa, comovido e apaixonado, ao mesmo tempo, da imagem ambivalente de Deus, cuja meta¬morfose na alma humana pede uma interpretação psicológica. Baseando-se no fato de que muitas neuroses têm um condicio¬namento religioso, Jung ressalta nos ensaios sobre "A relação entre a Psicoterapia e a Pastoral" e "Psicanálise e Pastoral" a necessidade da colaboração entre a Psicologia e a Teologia. A segunda parte do volume reúne, sobretudo, os comen¬tários e prefácios a escritos religiosos do Oriente. Estes traba¬lhos mostram-nos, em essência, os confrontos e comparações entre os modos e formas de expressão do Oriente e do Ocidente. O prefácio ao I Ging, livro sapiencial e oracular chinês, proveniente de tempos míticos imemoriais, também foi incor¬porado ao presente volume. Tendo em vista que um oráculo sempre tem alguma relação com o maravilhoso, o numinoso, e como, de acordo com a antiga tradição, os ensinamentos das sentenças oraculares do I Ging devem ser consideradas "acurada e conscienciosamente", é fácil perceber sua relação íntima com o religioso. O prefácio em questão é importante no conjunto da obra de Jung, por tratar da natureza e da validade do oráculo em si, tocando assim a região dos acasos significativos que devem ser interpretados não somente à luz do princípio da causalidade, mas também segundo o princípio derivado da sincronicidade. O volume vem acrescido de um apêndice, que não figura na edição inglesa.* Trata-se, no caso, de...
o e apaixonado, ao mesmo tempo, da imagem ambivalente de Deus, cuja meta¬morfose na alma humana pede uma interpretação psicológica. Baseando-se no fato de que muitas neuroses têm um condicio¬namento religioso, Jung ressalta nos ensaios sobre "A relação entre a Psicoterapia e a Pastoral" e "Psicanálise e Pastoral" a necessidade da colaboração entre a Psicologia e a Teologia. A segunda parte do volume reúne, sobretudo, os comen¬tários e prefácios a escritos religiosos do Oriente. Estes traba¬lhos mostram-nos, em essência, os confrontos e comparações entre os modos e formas de expressão do Oriente e do Ocidente. O prefácio ao I Ging, livro sapiencial e oracular chinês, proveniente de tempos míticos imemoriais, também foi incor¬porado ao presente volume. Tendo em vista que um oráculo sempre tem alguma relação com o maravilhoso, o numinoso, e como, de acordo com a antiga tradição, os ensinamentos das sentenças oraculares do I Ging devem ser consideradas "acurada e conscienciosamente", é fácil perceber sua relação íntima com o religioso. O prefácio em questão é importante no conjunto da obra de Jung, por tratar da natureza e da validade do oráculo em si, tocando assim a região dos acasos significativos que devem ser interpretados não somente à luz do princípio da causalidade, mas também segundo o princípio derivado da sincronicidade. O volume vem acrescido de um apêndice, que não figura na edição inglesa.* Trata-se, no caso, de escritos em que Jung responde de maneira um tanto pessoal a perguntas a respeito de problemas religiosos, contribuindo, deste modo, para um ulterior esclarecimento dos temas tratados na parte principal do volume. • Na edição portuguesa, constará do volume XI completo Numa entrevista dada à televisão inglesa, ao lhe pergun¬tarem se acreditava em Deus, Jung respondeu: "I do not believe, I know". Esta curta frase desencadeou uma avalanche de per¬guntas, de tal proporção, que ele foi obrigado a manifestar-se a respeito, numa carta dirigida ao jornal inglês de rádio e tele¬visão "The Listener". É digno de nota que o entomologista Jean-Henri Fabre (1823-1915) exprimira sua convicção religiosa em termos quase idênticos: "Não acredito em Deus: eu o vejo". Tanto Jung como Fabre adquiriram tal certeza no trato com a Natureza: Fabre, com a natureza dos instintos, observando o mundo dos insetos; Jung, no trato com a natureza psíquica do homem, observando e sentindo as manifestações do inconsciente. A seleção dos textos deste volume segue a do tomo corres¬pondente aos Collected Works, Bollingen Series XX, Pantheon, Nova Iorque, e Routledge & Kegan Paul Ltd., Londres. Também a paragrafação contínua é, com exceção do apêndice, a do referido volume. Apresentamos aqui nossos calorosos e sinceros agradeci¬mentos à Sra. Aniela Jaffé, por seu auxílio no tocante a muitas questões, à Sra. Dra. Marie-Louise v. Franz por sua ajuda no controle das citaç...
escritos em que Jung responde de maneira um tanto pessoal a perguntas a respeito de problemas religiosos, contribuindo, deste modo, para um ulterior esclarecimento dos temas tratados na parte principal do volume. • Na edição portuguesa, constará do volume XI completo Numa entrevista dada à televisão inglesa, ao lhe pergun¬tarem se acreditava em Deus, Jung respondeu: "I do not believe, I know". Esta curta frase desencadeou uma avalanche de per¬guntas, de tal proporção, que ele foi obrigado a manifestar-se a respeito, numa carta dirigida ao jornal inglês de rádio e tele¬visão "The Listener". É digno de nota que o entomologista Jean-Henri Fabre (1823-1915) exprimira sua convicção religiosa em termos quase idênticos: "Não acredito em Deus: eu o vejo". Tanto Jung como Fabre adquiriram tal certeza no trato com a Natureza: Fabre, com a natureza dos instintos, observando o mundo dos insetos; Jung, no trato com a natureza psíquica do homem, observando e sentindo as manifestações do inconsciente. A seleção dos textos deste volume segue a do tomo corres¬pondente aos Collected Works, Bollingen Series XX, Pantheon, Nova Iorque, e Routledge & Kegan Paul Ltd., Londres. Também a paragrafação contínua é, com exceção do apêndice, a do referido volume. Apresentamos aqui nossos calorosos e sinceros agradeci¬mentos à Sra. Aniela Jaffé, por seu auxílio no tocante a muitas questões, à Sra. Dra. Marie-Louise v. Franz por sua ajuda no controle das citaç...

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