Livro: Cartilha saiba mais como evitar e resolver a inadimplência
Autor - Fonte: SEBRAE
...O Sr. Virgílio possui uma loja de artigos diversos como: roupas femininas,
infantis, brinquedos, materiais escolares e presentes em geral. Certo dia,
percebeu que estava com o seu caixa cheio de cheques devolvidos. Alguns
clientes ele conhecia, pois eram clientes habituais de sua loja, outros não.
Pensou: O que vou fazer? Preciso repor o estoque, porque está chegando
o dia das mães, e os fornecedores não irão me vender se eu não pagar
as faturas referentes às compras feitas no final de ano.
Verificando todos os clientes que estavam lhe devendo, o Sr. Virgílio fez
as seguintes considerações:
• não posso deixar de repor o estoque, senão
não vendo;
• será que consigo cobrar os meus devedores
e receber rápido?
• puxa! Não imaginava que tinha
tanto dinheiro parado com os
meus devedores;
• isso não deveria ter acontecido,
vendi bem no final do ano,
deveria ter capital para repor
o estoque, e agora o que faço?
O Sr. Virgílo irá achar uma solução?
Problemas como os do Sr. Virgílio são muito comuns no dia-a-dia das
empresas. Desta maneira, através deste trabalho iremos esclarecer e orientar,
com base na legislação, a aplicação de práticas preventivas para evitar
a inadimplência e o custo que ela representa para sua empresa.
INADIMPLÊNCIA:
COMO EVITAR E RESOLVER
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A maioria das empresas sofre com os consumidores inadimplentes, sendo
que este é um dos fatores que mais atingem os setores do comércio e de
serviços...
fazendo com que esses empresários sintam-se desprotegidos. Já o
setor industrial sofre menos com a inadimplência, tendo em vista que a maioria
de seus clientes são fixos.
O que leva os consumidores à inadimplência?
Inicialmente vamos verificar alguns fatores que levam os consumidores
à inadimplência:
• dificuldades financeiras pessoais, que impossibilitam o cumprimento de
suas obrigações;
• desemprego;
• falta de controle nos gastos;
• compras para terceiros;
• atraso de salário;
• comprometimento de renda com outras despesas;
• redução de renda;
• doenças;
• uso do dinheiro com outras compras;
• má fé.
Sendo que a ocorrência da maioria destes fatores é mais comum em tempos
de crise.
Como lidar com a Inadimplência?
Para lidar com a inadimplência, é preciso antes conhecê-la bem, sabendo quais
os fatores que a ocasionaram. A partir daí, deve-se utilizar práticas preventivas,
podendo desta forma controlá-la. Desta maneira, o empresário deve verificar:
• sazonalidade, ou seja, em que épocas do ano a inadimplência é maior
ou menor;
• número de prestações em atraso;
• valor médio das prestações em atraso;
• verificação do tempo de abertura da conta corrente. Lembre-se que as
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contas abertas com menos de um ano, têm maior índice de
inadimplência;
Nas empresas dos setores do comércio
e de serviços, a inadimplência
tem um aumento nos três primeiros
meses do ano, em decorrência
das vendas efetuadas no mês de
dezembro. E é justamente nestes meses
iniciais que ocorre a queda nas
atividades destes setores empresariais,
deixando assim muitos empresários
em dificuldades, tendo
em vista que contavam com o pagamento
das vendas parceladas de
final de ano, para suprir o baixo
volume de vendas.
Neste caso verificamos dois tipos de sazonalidade:
• a de aumento das vendas, que ocorre no final do ano, quando a maioria
das pessoas recebe o 13º salário, passando assim a consumir mais,
sendo que grande parte das compras é feita de forma parcelada, por
meio de cheque pré-datado, cartões de crédito ou financeiras.
• a de queda nas vendas ou atividades nos três primeiros meses do ano,
porque a maioria dos consumidores está comprometida com outras despesas
como: matrícula na escola, compra de material escolar, férias etc.
Pesquisas mostram que o valor das prestações em atraso se concentra
na faixa que vai até R$ 200,00 (duzentos reais).
Assim, o empresário ciente do aumento da inadimplência no período após
as vendas natalinas, ou seja, janeiro/fevereiro/março, deverá ser mais rigoroso na
concessão de financiamentos, parcelamentos e aceitação de cheques.
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Para isso o empresário deverá seguir algumas regras antes de proceder à
concessão do crédito ao seu cliente. Uma prática muito usada no mercado
é o encurtamento nos prazos de pagamento, isto é, anteriormente o comércio
trabalhava com planos de financiam...
das vendas efetuadas no mês de
dezembro. E é justamente nestes meses
iniciais que ocorre a queda nas
atividades destes setores empresariais,
deixando assim muitos empresários
em dificuldades, tendo
em vista que contavam com o pagamento
das vendas parceladas de
final de ano, para suprir o baixo
volume de vendas.
Neste caso verificamos dois tipos de sazonalidade:
• a de aumento das vendas, que ocorre no final do ano, quando a maioria
das pessoas recebe o 13º salário, passando assim a consumir mais,
sendo que grande parte das compras é feita de forma parcelada, por
meio de cheque pré-datado, cartões de crédito ou financeiras.
• a de queda nas vendas ou atividades nos três primeiros meses do ano,
porque a maioria dos consumidores está comprometida com outras despesas
como: matrícula na escola, compra de material escolar, férias etc.
Pesquisas mostram que o valor das prestações em atraso se concentra
na faixa que vai até R$ 200,00 (duzentos reais).
Assim, o empresário ciente do aumento da inadimplência no período após
as vendas natalinas, ou seja, janeiro/fevereiro/março, deverá ser mais rigoroso na
concessão de financiamentos, parcelamentos e aceitação de cheques.
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Para isso o empresário deverá seguir algumas regras antes de proceder à
concessão do crédito ao seu cliente. Uma prática muito usada no mercado
é o encurtamento nos prazos de pagamento, isto é, anteriormente o comércio
trabalhava com planos de financiamento mais longos, hoje se trabalha
com planos de no máximo 03 parcelas.
É ideal também, no momento da concessão de crédito, identificar qual o
grau de comprometimento da renda do consumidor, assim como o padrão
de comportamento de seus pagamentos passados, podendo dessa forma
avaliar se a prestação contratada tem chances de vir a ser paga ou não.
Regras preventivas para reduzir a inadimplência
Podemos então estabelecer algumas regras preventivas para reduzir a
inadimplência:
• exigir a apresentação de documentos pessoais: R.G. e CPF, confirmando
a assinatura que consta nos mesmos;
• não aceitar que o cliente diga o número do R.G. e CPF, mas sim solicitar
a apresentação dos documentos na hora da compra à vista (se for paga
com cheque) ou parcelada;
• solicitar comprovante de residência: contas de água, luz, telefone etc.;
• requerer comprovante de renda: recibo de pagamento, declaração de
imposto de renda, carteira de trabalho;
• após esses procedimentos, efetuar a confirmação de dados do cliente
por telefone fixo (confirmação de residência, de emprego ou de uma
referência);
• consulta ao SPC - Serviço de Proteção ao Crédito, SERASA, usecheque,
telecheque, entre outros;
• quando se tratar de cliente antigo, atualizar sempre os dados cadastrais,
mantendo a confirmação por telefone;
• trabalhar com cartões de crédito e de débito, pois as taxas cobradas
pelas administradoras são compensadas pela gar...
ento mais longos, hoje se trabalha
com planos de no máximo 03 parcelas.
É ideal também, no momento da concessão de crédito, identificar qual o
grau de comprometimento da renda do consumidor, assim como o padrão
de comportamento de seus pagamentos passados, podendo dessa forma
avaliar se a prestação contratada tem chances de vir a ser paga ou não.
Regras preventivas para reduzir a inadimplência
Podemos então estabelecer algumas regras preventivas para reduzir a
inadimplência:
• exigir a apresentação de documentos pessoais: R.G. e CPF, confirmando
a assinatura que consta nos mesmos;
• não aceitar que o cliente diga o número do R.G. e CPF, mas sim solicitar
a apresentação dos documentos na hora da compra à vista (se for paga
com cheque) ou parcelada;
• solicitar comprovante de residência: contas de água, luz, telefone etc.;
• requerer comprovante de renda: recibo de pagamento, declaração de
imposto de renda, carteira de trabalho;
• após esses procedimentos, efetuar a confirmação de dados do cliente
por telefone fixo (confirmação de residência, de emprego ou de uma
referência);
• consulta ao SPC - Serviço de Proteção ao Crédito, SERASA, usecheque,
telecheque, entre outros;
• quando se tratar de cliente antigo, atualizar sempre os dados cadastrais,
mantendo a confirmação por telefone;
• trabalhar com cartões de crédito e de débito, pois as taxas cobradas
pelas administradoras são compensadas pela gar...