Livro: Não Pise Na Bola
Autor - Fonte: RICHARD SIMONETTI
...RICHARD SIMONETTI
2
ÍNDICE
PREFÁCIO
GRILOS E TOMBOS
PRIMEIRA PARTE - AMOR
CAPÍTULO 1 = AMOR À PRIMEIRA VISTA
CAPÍTULO 2 = SEXO
CAPÍTULO 3 = CONCEPÇÃO
CAPÍTULO 4 = GRAVIDEZ INDESEJADA
CAPÍTULO 5 = UMA JOVEM DESILUDIDA
SEGUNDA PARTE - CASAMENTO
CAPÍTULO 6 = ALMAS GÊMEAS
CAPÍTULO 7 = CASAMENTO PLANEJADO
CAPÍTULO 8 = CASAMENTO RELIGIOSO
CAPÍTULO 9 = CASAMENTO ESPÍRITA
CAPÍTULO 10 = ORIENTAÇÃO RELIGIOSA
TERCEIRA PARTE - FAMÍLIA
CAPÍTULO 11 = PAIS CARETAS
CAPÍTULO 12 = PAIS DIVORCIADOS
CAPÍTULO 13 = PAI ALCOÓLATRA
CAPÍTULO 14 = IRMÃOS
QUARTA PARTE - COMPORTAMENTO
CAPÍTULO 15 = INVERSÃO SEXUAL
CAPÍTULO 16 = INDOLÊNCIA
CAPÍTULO 17 = O PALAVRÃO
CAPÍTULO 18 = VÍCIOS
CAPÍTULO 19 = A MENTIRA
CAPÍTULO 20 = ROLETA RUSSA
CAPÍTULO 21 = VIDA NOTURNA
CAPÍTULO 22 = SUICÍDIO
CAPÍTULO 23 = PENA DE MORTE
QUINTA PARTE - DESTINO
CAPÍTULO 24 = DESVIO
CAPÍTULO 25 = A MORTE DE AYRTON SENNA
CAPÍTULO 26 = MISSÕES
SEXTA PARTE - PROFISSÃO
CAPÍTULO 27 = PROJETOS
CAPÍTULO 28 = ENSINO UNIVERSITÁRIO
SÉTIMA PARTE - MEDIUNIDADE
CAPÍTULO 29 = LEITURA DA SORTE
CAPÍTULO 30 = O COPO
CAPÍTULO 31 = SENSIBILIDADE
3
OITAVA PARTE - ATIVIDADE ESPÍRITA
CAPÍTULO 32 = MOCIDADE ESPÍRITA – 1º
CAPÍTULO 33 = MOCIDADE ESPÍRITA – 2º
NONA PARTE - SAÚDE
CAPÍTULO 34 = SAÚDE E ENFERMIDADE
CAPÍTULO 35 = ALIMENTAÇÃO ESPIRITUAL
CAPÍTULO 36 = ESPORTES
CAPÍTULO 37 = ORAÇÃO
CAPÍTULO 38 = TRATAMENTO ESPIRITUAL
CAPÍT...
LO 39 = REFORMA ÍNTIMA
DÉCIMA PARTE - EVANGELHO
CAPÍTULO 40 = A MORAL EVANGÉLICA
CAPÍTULO 41 = O CULTO DO EVANGELHO
CAPÍTULO 42 = NATAL
DÉCIMA-PRIMEIRA PARTE - TEXTOS ESCOLHIDOS
CAPÍTULO 43 = UMA POESIA
CAPÍTULO 44 = UM PENSAMENTO
CAPÍTULO 45 = UMA ORAÇÃO
CAPÍTULO 46 = UMA ANEDOTA
CAPÍTULO 47 = UMA EVOCAÇÃO
CAPÍTULO 48 = UMA TROVA
CAPÍTULO 49 = UMA LIÇÃO
CAPÍTULO 50 = UM CURSO RÁPIDO DE RELAÇÕES HUMANAS
4
PREFÁCIO
Todas as nossas ações estão submetidas às leis de Deus. Nenhuma há,
por mais insignificante que nos pareça, que não possa ser uma violação
daquelas leis. Se sofremos as conseqüências dessa violação, só nos devemos
queixar de nós mesmos, que desse modo nos fazemos causadores de nossa
felicidade, ou de nossa infelicidade futuras.
“Allan Kardec, em “O Livro dos
Espíritos” — Questão nº 964
5
GRILOS E TOMBOS
Como ocorre com muita gente, minha adolescência foi marcada por
insegurança e dúvidas, envolvendo profissão, escola, vida afetiva, sociedade,
namoro, sexo, casamento, família, destino.
Muitos “grilos” na cabeça.
A timidez inibia um contato mais estreito com professores e orientadores
que pudessem ajudar-me.
Por outro lado, o chamado “choque de gerações” impunha-me a equivocada
idéia de que os familiares mais velhos eram “quadrados”, nada enxergavam
adiante do nariz, impedindo que colhesse os benefícios de sua experiência.
Muitos problemas teria resolvido, muitas tolices teria evitado, se soubesse
por onde andava e como atuar no jogo da vida.
Freqüentemente “pisei na bola”Q), desabando em frustrações e angústias.
Ajudou-me muito, nesse estágio pelo país da incerteza, o amor aos livros,
particularmente a literatura espírita, com o que evitei “tombos” maiores e mais
doridos.
Não obstante, sempre lamentei a falta de livros que respondessem às
minhas indagações em linguagem mais acessível ao meu entendimento, com
informações mais diretas em relação aos problemas que me afligiam.
Hoje, passados tantos anos, ofereço aos companheiros de jornada que
estagiam nas mesmas perplexidades de minha juventude, algumas reflexões
inspiradas em temas debatidos em inúmeras reuniões de que tenho participado
nas Mocidades Espíritas.
Espero que os “coroas” como eu encontrem nestas páginas o ensejo de
gratas lembranças mas, sobretudo, que elas sirvam aos jovens, mostrandolhes,
ainda que em minha precariedade literária, subsídios de como “conduzir a
bola”, a fim que sejam menos numerosos os “tombos” e mais proveitosa a
jornada.
Bauru, fevereiro de 1995.
* Com licença do Aurélio. O correto seria ‘pisar a bola’. Observei, porem,
a regência
verbal consagrada pelo uso.
6
PRIMEIRA PARTE
AMOR
Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.
Antoine de Saint-
Exupéry
7
1
AMOR À PRIMEIRA VISTA
1 - Existe o amor à primeira vista?
Salvo em circunstâncias esp...
s tolices teria evitado, se soubesse
por onde andava e como atuar no jogo da vida.
Freqüentemente “pisei na bola”Q), desabando em frustrações e angústias.
Ajudou-me muito, nesse estágio pelo país da incerteza, o amor aos livros,
particularmente a literatura espírita, com o que evitei “tombos” maiores e mais
doridos.
Não obstante, sempre lamentei a falta de livros que respondessem às
minhas indagações em linguagem mais acessível ao meu entendimento, com
informações mais diretas em relação aos problemas que me afligiam.
Hoje, passados tantos anos, ofereço aos companheiros de jornada que
estagiam nas mesmas perplexidades de minha juventude, algumas reflexões
inspiradas em temas debatidos em inúmeras reuniões de que tenho participado
nas Mocidades Espíritas.
Espero que os “coroas” como eu encontrem nestas páginas o ensejo de
gratas lembranças mas, sobretudo, que elas sirvam aos jovens, mostrandolhes,
ainda que em minha precariedade literária, subsídios de como “conduzir a
bola”, a fim que sejam menos numerosos os “tombos” e mais proveitosa a
jornada.
Bauru, fevereiro de 1995.
* Com licença do Aurélio. O correto seria ‘pisar a bola’. Observei, porem,
a regência
verbal consagrada pelo uso.
6
PRIMEIRA PARTE
AMOR
Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.
Antoine de Saint-
Exupéry
7
1
AMOR À PRIMEIRA VISTA
1 - Existe o amor à primeira vista?
Salvo em circunstâncias especiais, de almas afins, que se reencontram
para gloriosas experiências em comum, o amor não é uma aquisição “à vista”.
Melhor que seja uma realização “a prazo”, desenvolvido e sustentado em
longos anos de experiência em comum.
2 - Mas não é freqüente as pessoas dizerem que logo no primeiro
contato encontraram o homem ou a mulher de suas vidas?
É possível, mas também muitos viram o parceiro de sua vida
transformar-se em tormento dela, culminando com a separação.
3 - Estavam equivocados?
Talvez existisse uma ligação efetiva, fruto de experiências em comum no
pretérito. Vieram para consolidá-la, mas a relação deteriorou-se com o tempo.
4 - Por isso costuma-se dizer que com o amor passamos o tempo e com o
tempo passa o amor?
O que passa é a paixão, o amor-desejo, o amor-deslumbramento. Alguns
quilos de sal consumidos em comum e as pessoas começam a sentir que o
parceiro não é tão desejável e nada deslumbrante.
5 - O que seria, então, o verdadeiro amor? Lembro-me da série famosa de
publicações ilustradas, sob o titulo “Amar é.”, envolvendo manifestações de
afeto recíprocas. Do homem para a mulher:
Amar é conversar com ela; amar é entender seus momentos difíceis; amar é
lembrar de seu aniversário; amar é acompanhá-la ao médico; amar é dar-lhe
um descanso na cozinha. São incontáveis as situações em que se enfatiza
algo que o amante faz pela amada ou vice-versa. Amar é isso - querer o bem
de algu...
eciais, de almas afins, que se reencontram
para gloriosas experiências em comum, o amor não é uma aquisição “à vista”.
Melhor que seja uma realização “a prazo”, desenvolvido e sustentado em
longos anos de experiência em comum.
2 - Mas não é freqüente as pessoas dizerem que logo no primeiro
contato encontraram o homem ou a mulher de suas vidas?
É possível, mas também muitos viram o parceiro de sua vida
transformar-se em tormento dela, culminando com a separação.
3 - Estavam equivocados?
Talvez existisse uma ligação efetiva, fruto de experiências em comum no
pretérito. Vieram para consolidá-la, mas a relação deteriorou-se com o tempo.
4 - Por isso costuma-se dizer que com o amor passamos o tempo e com o
tempo passa o amor?
O que passa é a paixão, o amor-desejo, o amor-deslumbramento. Alguns
quilos de sal consumidos em comum e as pessoas começam a sentir que o
parceiro não é tão desejável e nada deslumbrante.
5 - O que seria, então, o verdadeiro amor? Lembro-me da série famosa de
publicações ilustradas, sob o titulo “Amar é.”, envolvendo manifestações de
afeto recíprocas. Do homem para a mulher:
Amar é conversar com ela; amar é entender seus momentos difíceis; amar é
lembrar de seu aniversário; amar é acompanhá-la ao médico; amar é dar-lhe
um descanso na cozinha. São incontáveis as situações em que se enfatiza
algo que o amante faz pela amada ou vice-versa. Amar é isso - querer o bem
de algu...