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Paisagem

Matéria: Espiritismo na Globo

Autor - Fonte: Christina Nunes

Sempre tive um jeito despojado de me vestir. Na fase da adolescência costumava ouvir uma sabatina da minha mãe, porque deixava de lado a maquiagem em ocasiões em que as festinhas pediam um pouco mais de esmero na produção, em época em que as amigas em peso já adotavam desde a maquiagem, até a pintura nos cabelos.

Mas eu era assim, e assim é a minha natureza. Apenas com o correr dos anos, e, principalmente, em função de acabar trabalhando num local onde a apresentação é bem mais requintada do que o usual noutros setores profissionais, por condicionamento e por hábito (não dá para comparecer em assessoria das audiências de julgamento com a mesma cara lavada com que vou a um cinema), acabei me impondo uma certa modificação na imagem; e até mesmo que - por que não? - adquirindo algum prazer em me enfeitar, porém, mais como quem usa o mesmo tipo de criatividade para compor uma obra de pintura. Aprendi que auto-produção pode ser muito prazeroso na hora de criarmos, primeiramente para nós mesmos, um visual mais agradável. Entretanto, longe permaneço, ainda hoje, dos exageros, de dentro da convicção - adquirida na observação e na convivência - de que elegância autêntica principia e termina sempre na atitude, e não no bico fino ou na grife do sapato.

Toda esta digressão é para introduzir uma característica minha, desde sempre avessa a clichês - e para tudo nesta vida! E para justificar o tema deste artigo: um veemente elogio ao trabalho no elístico da Globo, que vem fazendo ao público uma divulgação esmerada das realidades espirituais da vida.

E o que tem isto a ver com clichês?! É porque poucas coisas são tão vinculadas a clichês de julgamento quanto o que a Globo - este poderio dos nossos meios de comunicação - faz ou deixa de fazer. Mas - assim como sempre mantive meu estilo despojado de ser e de me vestir, sem me deixar dominar ou conduzir por padrões ditados pelas modas e pelos costumes impostos pela sociedade, assim também me sustento imune às ondas de críticas, de opiniões, ou de tendências adquiridas pelas pessoas, em função daquilo que diariamente desfila ou não na telinha - preferindo a orientação do meu próprio parecer para rejeitar, discordar, concordar, ou mesmo meio a meio, na hora de me posicionar sobre o que rola entre uma novela global e outra.

Até mesmo porque, diante de tal envergadura de mídia, pouca diferença faz - disso guardo plena consciência - o que penso ou deixo de pensar a respeito - esta mera gota dágua a mais no meio do oceano infinito de escritores mais ou menos conhecidos, no universo dos formadores de opinião.

Assim, guardo severas restrições de ponto de vista quanto ao que em muitas ocasiões vejo no jornalismo deles, ou nas novelas - quando daquelas repetidas vezes em que uma liberalidade exagerada de conduta nos personagens é disfarçada sob questionáveis apologias, que intentam aparentar uma renovação saudável de mentalidade e de conduta, principalmente no universo adolescente. Mas - por outro lado - admito as incontáveis ocorrências nas quais o recado bem dado se fez presente em séries como Cidade de Deus; no humor fino e delicioso, ou irreverente, noutros seriados, como A Diarista; ou, ainda, o modo gostoso com que nos levam a nos inteirar das realidades difíceis dos caminhoneiros, em Carga Pesada, ou mesmo na iniciativa de se expor, no enredo novelístico, e induzindo a sociedade à oportuna reflexão neste país de noveleiros inveterados, uma questão delicada como a dos portadores da Síndrome de Down.

E, finalmente, de tempos a esta parte, a forma séria e responsável como vem apresentando ao público as realidades da vida espiritual, nas tramas de mais de uma novela - tendência que teve seu belo ápice na reiteradamente reprisada A Viagem.

Notem bem que não me refiro exatamente a Espiritismo - mas às realidades espirituais. Porque o mais sensacional desta iniciativa é que o que está sendo apresentado não aparece suscitando polêmica. Não são personagens de novela que, com o seu perfil, venham a induzir aquele tipo de discussão estéril e atrelada a religiosismo de qualquer monta, passível de gerar o eterno e inútil combate entre linhas de pensamento diferentes. Faço menção à exibição pura e simples das realidades que - mais cedo ou mais tarde, sem apelação e sem mais! - nos aguardarão a todos, pondo fim, por si só, e no fim das contas, a qualquer tipo de embate ligado ao terreno tacanho das crenças ou descrenças - coisa na qual a realidade espiritual das vidas de todos nós, com o seu repertório de continuidade para além do túmulo, e de reencarnações inúmeras, absolutamente não se enquadra!

O grande recado implícito nesta iniciativa ímpar nos veículos de comunicação brasileiros é que a já centenária Codificação Kardequiana nos ofereceu uma mensagem de vanguarda no mundo ocidental, já de há muito respaldada pelo profundo conhecim...

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