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A alegria de ser simples

Matéria: A alegria de ser simples

Autor - Fonte: Claudette Grazziotin



por Claudette Grazziotin - clau.graz@terra.com.br


"Nunca nos saciamos da Natureza"
"A terra não é um fragmento de história morta (...) é poesia viva"
"À medida em que ele simplifica sua vida, as leis do universo parecem menos complexas, a solidão não parece tão solitária, nem a pobreza, tão pobre".
Henry David Thoreau

Shopping center, sábado à tarde. Minha filha e eu driblamos o mar de gente em busca da entrada do cinema. Impossível, milhares de outros paulistas como nós tinham tido a mesmíssima idéia. Desistimos, viramos para dar uma voltinha. Melhor voltar correndo para casa. Um estádio de futebol lotado de torcedores gritando seria um lugar mais acolhedor do que esse "templo do consumo", feito de megadoses de gente, de luzes e de sons, onde você não vê o mundo lá fora e, eventualmente, espera-se que você até se esqueça dele, enquanto faz o que nós, gente moderna das cidades, adora fazer: consumir.

É uma corrida: a gente corre, corre e lá na linha de chegada está o carro do ano, o último modelo, a moda mais fashion, o corpo da top model, a lua de mel em Aruba. Qualquer coisa que ainda não temos, não precisamos de verdade, mas vamos correr para adquirir assim que der a largada. Gente, como isso cansa!

Não vai ter para todos, você sabe. Os estudos mostram que o nosso planeta não agüenta sustentar todos os seus moradores no mesmo padrão de vida e de consumo da classe média americana. A Terra não vai conseguir suportar a espécie humana se a gente não tomar jeito e ...parar. É isso, está na hora de tirar o pé do acelerador e tomar carona em um jeito mais simples de viver. Porque não adianta falar de ecologia, se nós e nosso estilo de vida somos a maior, a grande, "impossibilidade ecológica", como diz o professor Genebaldo Freire Dias.

Nos Estados Unidos, a capital do consumo, um estilo de vida batizado de Simplicidade Voluntária vem crescendo e ganhando espaço. A idéia está longe de ser nova. Os gregos, acredite, já sonhavam com uma vida menos ávida e mais próxima da natureza. Mais perto de nós, um do grandes defensores da frugalidade foi Henry David Thoreau, escritor americano que viveu no final do século 19 e publicou um livro, Walden, criticando o materialismo da sociedade americana e pregando a necessidade de uma vida mais simples e próxima da natureza.

Em 1981, Duane Elgin, outro americano, deu um formato moderno e bem pragmático para a poesia de Thoreau e escreveu o livro Simplicidade Voluntária, em busca de um estilo de vida exteriormente simples, mas interiormente rico. Um livro que a gente precisa ler para aprender a integrar nossa vidinha urbana e corrida com nossas necessidades interiores de calma, tranqüilidade e comunidade verdadeira e bem concreta com a Natureza.

Tem muita gente pensando nisso, tentando dar forma a uma nova ética humana que fale de fraternidade e comunhão, de responsabilidade de todos por todos, de compaixão e de um futuro para todos e não apenas para alguns de nós, justamente aqueles freqüentadores de shopping centers.

Ninguém está propondo que você viva em retiro espiritual ou na mais absoluta pobreza. "A pobreza é involuntária e debilitante, a simplicidade é voluntária e mobilizadora", adverte Duane Elgin. Viver voluntariamente de maneira mais simples significa deliberadamente organizar sua vida de modo a torná-la mais frugal exteriormente e mais rica e abundante interiormente. É tirar o excesso de peso da bagagem para tornar a viagem por esse mundo mais leve, mais limpa, mais solta. Na prática, significa ter mais tempo para você e descobrir aquilo que realmente é importante na sua vida. Apenas o essencial.

Simplicidade Voluntária não é uma fórmula mágica, é um caminho nem sempre fácil. Mas a gente deveria colar na porta da geladeira, escrito em letras garrafais, esse conselho de Duane Elgin:

"Trabalhe para desenvolver todas as suas potencialidades: físicas (correr, andar de bicicleta, caminhar); emocionais (descobrir aquelas habilidades fundamentais numa relação, como intimidade e senso de comunhão); mentais (engajar-se em projetos para toda a vida, como ler, fazer cursos etc.); e espirituais (por exemplo, aprender a se mover através da vida com a mente quieta e o coração cheio de compaixão)."


Selecionei do livro Simplicidade Voluntária dez dicas para tirar o pé do acelerador. São encantadoras e....simples.

1. Pare de fazer milhões de coisas ao mesmo tempo, começando por não dirigir e falar no celular ao mesmo tempo.

2. Invista tempo e energia em atividades descomplicadas como andar de bicicleta, ler ou preparar um lanche, com seu companheiro, seus filhos ou seus amigos.

3. Deixe a secretária eletrônica fazer seu trabalho. Obrigue-se a não atender o telefone no meio da refeição, por exemplo.

4. Quando adquirir algum produto, prefira aqueles duráveis, de fácil manutenção, não-poluidores, funcionais e estét...

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