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Balões na Turquia

Matéria: Turquia uma viagem pela história da humanidade

Autor - Fonte: Mani Álvarez

Viajar para a Turquia é o mesmo que fazer um curso sobre a história da humanidade, onde a natureza e a cultura são os nossos grandes mestres. Em Istambul, podemos acompanhar a passagem de povos muito antigos só pelos rastros que deixaram em suas mesquitas, pinturas, mosaicos, nas centenas de minaretes espalhados pela cidade, e principalmente, em sua saborosa comida feita com temperos exóticos. O Testi Kepap é um prato típico muito saboroso.

A religião muçulmana se faz presente dia e noite na entoação pública de suas orações pelos auto-falantes dos minaretes que se espalham pela cidade. Mulheres caminham quase totalmente cobertas por vestes negras, mas podemos ver também que algumas cobrem só a cabeça com turbantes coloridos, outras andam de óculos raiban e calça jeans, mostrando que a cultura está mudando também no mundo turco.

A ponte sobre o estreito de Bósforo divide a cidade em duas partes, a européia e a asiática. Lá no alto, a torre de Gálata vigia a cidade em movimento. No Grande Bazar se atropela a multidão fascinada com as lojas de especiarias, pachiminas, pratas, cerâmicas coloridas, onde os turistas se encantam com a variedade de cores e perfumes.

De Istambul para a Anatólia damos um passo para milhões de anos atrás, onde a natureza escavou nas rochas as formas mais bizarras do mundo. Em Urgup vimos uma paisagem formada há 600 milhões de anos pela ação dos vulcões, e em toda a Capadócia assistimos a luta dos homens pela sobrevivência, escavando nas rochas cidades de até 5 andares, como em Uchisar, onde se escondiam e se protegiam contra os arianos invasores que chegavam em bandos. Kaimaklû é uma cidade subterrânea impressionante.

Em Avanos vivmos a cerâmica tradicional da antiga Anatólia sendo fabricada segundo os padrões antigos de 8.000 anos atrás. A beleza dos pratos pintados a mão é uma verdadeira obra de arte. Também a fabricação de tapetes é uma arte que começa a entrar em extinção, por falta de mão de obra. Mulheres idosas são pagas pelo governo para tecerem os maravilhosos tapetes que vemos nas lojas.

Pamukhale é uma paisagem lunar de beleza estonteante. Do fundo da terra brotam as águas termais que enchem as piscinas naturais de um branco calcáreo, formando várias camadas ao longo da montanha. O contato com essa água é profundamente vitalizante e tem sido usada para cura de doenças reumáticas.

Ao nos aproximar do litoral do mar Egeu, a paisagem começa a mudar e nos vemos rodeados por oliveiras e figueiras enormes e muito antigas, ao longo da estrada. Chegamos em Kusadâsi, e daí em diante a visita a Éfeso foi o coroamento de toda a viagem. Éfeso foi uma cidade que, segundo a tradição, teria sido construída por mulheres, chamadas amazonas, e realmente pode-se ver a influência do feminino em toda sua história cultural, política e arquitetônica. Artêmis era a divindade que presidia todos os cultos, seu templo teria sido um dos maiores em toda a antiguidade. Hoje está completamente destruído, restando apenas algumas pedras.

A cidade antiga de Éfeso guarda ainda a memória da riqueza de seus prédios imensos, de suas ruas ladeadas de colunas de mármore, edifícios repletos de estátuas de personagens importantes da época, os banhos turcos, algumas casas ainda preservadas e os templos dedicados aos cultos religiosos. É realmente uma viagem na história, e andar por aquelas ruínas que falam e despertam nossa memória ancestral é como um sonho lúcido. Inesquecível.

A casa da Virgem Maria fica em Éfeso, no alto de uma montanha onde, segundo a tradição, São João a teria levado para morar, fugindo da perseguição dos romanos, logo depois da crucificação de Jesus. É uma casinha pequena, feita totalmente de pedras. A emoção nos toca profundamente ao entrar. Há pouco tempo houve um incêndio enorme na região, mas o fogo se deteve há alguns metros da casa de Maria. Há algo de sagrado no ar. Ainda se pode ver a vegetação toda queimada ao redor, e em volta da casa tudo intacto...

Ainda há muito a se pesquisar sobre as origens matriarcais de nossa cultura em toda a Anatólia, antes dos nômades hunos, hititas, moongóis e outros povos chegarem com sua religião masculina, guerreira e colonizadora, e dominarem toda a região. Com certeza não foi por acaso que a Virgem Maria escolheu aquele lugar para viver seus últimos anos. Este fato fica mais visível quando a gente toma conhecimento da origem do nome Capadócia. Existem placas de bronze muito antigas que fazem menção ao nome desta região como “Katpatuka”, cujo significado na língua persa é “país onde se criam bons cavalos”. A região da Anatólia foi invadida primeiramente pelos povos Hititas, que chegaram à cavalo e dominaram a população nativa. Muitos outros povos invadiram a região, mantendo sempre a criação de cavalos como uma tradição em toda a região da Capadócia.

Mas, antes dessas inva...

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